Escrever para se conhecer

Pensamentos avulsos e embaralhados, pouco ou nada ordenados, confusão e frustração... Nada disso é incomum nos tempos atuais, mas para todo problema existe uma solução... ou várias. A escrita como ato terapêutico é uma delas.

Criar esse hábito, além de saudável, ajudando a aliviar o estresse, a lidar com traumas, perdas e lutos, a desenvolver habilidades de autoexpressão, etc; se torna ainda mais benéfico quando deixamos de escrever para o outro e passamos a escrever para nós.

Escrever uma carta endereçada à você, falando de si na segunda pessoa nos força a olharmos nossas questões internas por uma perspectiva diferente. Nem sempre colocar em palavras nossos sentimentos e pensamentos é fácil, porém quando nos afastamos do centro, criamos pontes entre o que está dentro de nossas mentes e o que levamos para o papel.

A melhor ilustração para esse processo é o ato de desembolar uma linha emaranhada. Na busca por palavras e expressões, começamos a estruturar esses pensamentos de forma que fique inteligível a nós mesmas.

Aqui vão algumas dicas para tornar essa prática um hábito:

1 - Mantenha papel e caneta sempre por perto.

O celular é válido, mas a chance de desconcentração ao chegar notificações é grande. Busque separar um do outro.

2 - Busque escrever todos os dias.

Mesmo que não tenha algo específico em mente, começe relatando algo que aconteceu ou está para acontecer no seu dia. Você perceberá que com o tempo sempre haverá o que escrever.

3 - Não se preocupe com a forma.

A ideia é que a escrita seja um lugar de segurança e tranquilidade. Se preocupar com a letra bonita, excessivas regras gramaticais ou total coesão só te afastará desse exercício.

4 - Tamanho não é documento.

O hábito da escrita deve ser uma constante, mas não se prenda a escrever uma ou duas páginas por dia. Às vezes um parágrafo já é o suficiente para deixar aquela sensação de missão cumprida. Respeite seu tempo!

Boa escrita!