O que você encontra no Capítulo 1

O uivo: a ressurreição da mulher selvagem

LA LOBA

Clarissa nos apresenta à La Loba, uma velha que vive isolada e que parece esperar pelos perdidos em busca de algo. Seu trabalho é recolher ossos e, quando consegue recolher um esqueleto inteiro, dança e canta em torno dele trazendo-lhe vida.

"Ela é quem cuida do que já morreu e do que está morrendo nas mulheres. Ela é o caminho entre os vivos e os mortos." p. 49

OS QUATRO RABINOS

No mesmo capítulo conhecemos a história de quatro rabinos que viveram uma experiência sublime. Cada um apresentou diferentes reações, vindo um a enlouquecer, outro a se tornar cético, o terceiro a ficar obcecado e o quarto a transformar sua vivência em arte, compondo canções e rimas.

"A melhor atitude para vivenciar o inconsciente profundo é a do fascínio sem exagero ou retraído, sem excessos de admiração ou de cinismo; com coragem sim, mas sem imprudência." p. 46

OS OSSOS

Os ossos, na simbologia arquetípica, representam a força indestrutível, já que não são facilmente eliminados. É difícil queimá-los. Representam a constante renovação e a nossa capacidade de autorregeneração e ressignificação.

"Sabemos que a alma/espírito pode ser ferida, até mesmo mutilada, mas é quase impossível eliminá-la. [...] Ela não morre, pois está protegida por La Loba" p. 49

RÍO ABAJO RÍO

Clarissa nos fala de um lugar subterrâneo onde habita a Mulher Selvagem. Nos diz ainda que, assim como La Loba, quase sempre começamos nossa trajetória no deserto. O que buscamos, porém, está no mundo entre os mundos, no rio por baixo do rio.

"A vida no deserto é pequena, porém brilhante, e quase tudo que acontece tem lugar no subsolo. [...] Muitas de nós vivem vidas desérticas: ínfimas na superfície e imensas por baixo." p. 52

by Macabéa - Clube de Leitura