Encontro com o passado

Você já olhou pra trás e pensou no caminho que percorreu?

Sentiu orgulho? Sentiu vergonha? Sentiu pena?

Ou sorriu e pensou que tudo valeu a pena?

Já pensou nas cicatrizes que, mesmo que não queira, te mostram feridas que te marcaram?

Quando as vê no espelho, tem boas ou más lembranças?

Iniciar uma jornada pelo passado em busca da criança que você foi não é fácil...

Por vezes, não é nem recomendado.

Para abrir certas caixas, precisamos estar prontas, determinadas e contando com uma ajuda que vão além das boas amizades... Às vezes demandam ajuda profissional, seja de psicólogo, seja de psiquiatra ou similr.

Está sendo uma escolha procurar o que deixei pra trás.

O que não olhei ou o que não observei direito durante essa última década.

O que meu corpo lembra, mesmo que minha consciência tenha deixado passar.

Nosso subconsciente é esperto, é biologicamente programado para nos salvar.

Seja lutando, seja fugindo, é nosso cérebro que intepreta, dá significado e solução.

Mesmo que seja de medos que nossa própria mente tenha criado.

Mesmo que seja de monstros que só existiam para nós.

Todos temos traumas. Todos vivemos algo que não foi positivo.

Mas se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que para qualquer mudança, primeiro precisamos tomar consciência e mapear o problema.

Muitas questões estão mapeadas. Decidi que agora é a hora de começar a agir e começar a fazer algo sobre o que mapeei.

Talvez revele coisas que me façam bem, talvez revele coisas que me façam mal.

De um jeto ou de outro, dar novos passos é sempre um ato de coragem.

Sair da zona de conforto, mudar rumos, escolher novas direções.

Ano passado corri com os lobos em busca da mulher selvagem.

Neste ano busco a minha criança interior.

Juro que não sei o que vou encontrar, mas algo em mim me diz que agora é a hora.